Traduções em português
Biografia
O poeta Daniel Rodríguez Moya
(Granada, 1976) é uma das vozes mais proeminentes novas na poesia espanhola. O escritor mexicano José Emilio Pacheco Cervantes Prêmio definiu-o como "um exemplo de uma
poesia transatlântica como não foi visto por um século, em tempos de modernismo".
Defensor de um poema com o compromisso de clareza e simplicidade, sem ignorar
o rigor linguagem e literário, é um membro do movimento
Poesia à incerteza, que reúne poetas espanhóis e
latino-americanos. Seu livro mais recente é As coisas ditas em
silêncio (Visor, 2013).
Ele é o diretor do Festival Internacional de Poesia de Granada com o poeta Fernando Valverde.
E se o vento mexe os nossos passos,
torna-os mais leves, quase sombras,
e todas as esquinas nos arranham,
ou mordem a nossa vida,
arrancam dos corpos a esperança.
Pouco importam as coisas que se não podem tocar,
que não possuem contornos,
e perdem a tibieza.
Nunca pude amar nada que fosse transparente.
Que importa o vento que se empenha
numa direccção e empurra tudo,
que importam as distâncias insalváveis
superadas
se não temos formas quando cegar
o último lance do caminho.
Será impossível então
sentir o tacto, o toque de uma mão.
(Traducción de Ana Díaz Ferrero y Vasco Paulo Pereira Monteiro)